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Japonês: Como sair do Básico?

Considero que comecei meus estudos de Japonês no final de 2017, e agora em 2020 já faz 2 anos e meio que estou nessa jornada de aprendizado. Mas eu ainda estou no nível básico?

Depois de muito tentar aprender sozinha e só cair em frustração resolvi me matricular no Kumon, em 2017, e foi quando meu aprendizado finalmente tomou um rumo. Em menos de 1 ano de Kumon senti a necessidade de ir para aulas particulares, já que meu foco era conseguir os níveis de proficiência de Japonês, então entrei em contato com o Mirai Idiomas, fiz o nivelamento e estou até hoje com o mesmo professor.

Alguns meses depois fiz a prova de N5 e passei, o sentimento de alívio foi imenso afinal eu já estava com passagem marcada para vir morar no Japão quando saiu o resultado da prova.

Ainda sigo com o meu objetivo de ir subindo nos níveis do JLPT, com o foco um pouco diferente mas ainda estudando para a prova.

Para entender melhor como funcionam os níveis podemos começar do mais avançado para o mais básico. O maior nível seria o N1, sendo ele exigido para pessoas que vão cursar certos tipos de faculdades ou para estrangeiros que irão trabalhar em cargos altíssimos em empresas japonesas.

Já o N2 é o nível mínimo para cursas as universidades japonesas, também exigido em alguns cargos mais do nível "business" em algumas empresas japonesas. Esses dois últimos níveis são considerados avançados.

Então chegamos no N3, onde a maioria dos estrangeiros acaba parando quando vem morar no Japão. O N3 é o nível considerado o ideal para quem quer ter uma vida no Japão, onde você já tem uma quantidade considerável de vocabulário e está confortável para ter uma conversa fluente com os nativos da língua japonesa. Para muitos o N3 seria o que chamamos de um intermediário avançado, já algumas pessoas acham que ele seria somente intermediário.

Então temos o níveis N4 e N5. Durante muitos anos a prova de proficiência tinha apenas 4 níveis, porém o salto entre os níveis eram muito grandes e as pessoas estavam demorando para alcança-los. Então foi feita uma reformulação que afetou principalmente os primeiros níveis, que antes eram N3 e N4 e se tornaram N5, N4 e N3. Que tornou tudo um pouco mais confuso para as pessoas saberem se elas estavam no básico ainda ou se já estavam no intermediário.

Você ai que está começando seus estudos da língua vai encontrar diversas discussões sobre a fluência dos níveis, mas o mais confuso de todos eles acredito que seja o N4, digo isso por que é o nível em qual estou entrando agora. Não consigo me considerar mais uma pessoa de nível básico, mas ainda não tenho vocabulário suficiente para desenrolar uma longa conversa com alguém, a não ser que a conversa seja sobre coisas muito simples do dia a dia.

Então encontramos esse limbo, esse espaço entre, esse lugar confuso de transição do básico para o avançado. Se eu pego um texto infantil, consigo ler e entender quase 80% do que está escrito, bom, crianças conseguem conversar com adultos, conseguem trocar idéias. Se eu vejo um anime, consigo entender mais do que palavras soltas, entendo frases inteiras, mas as vezes algumas coisas se perdem.

Esse momento de transição é extremamente agoniante, ao mesmo tempo em que anseio por aprender logo coisas novas, preciso ficar revisando gramáticas antigas para que tudo se encaixe. Isso tudo por que ainda estou na metade da matéria de N4, pode ser que assim que eu a termine eu consiga conversar melhor com as pessoas, me sinta mais confortável para falar e ler.

Então fica a reflexão, como consideramos o que é um nível básico e um nível intermediário. Como medimos a fluência de uma pessoa em uma língua?

Os níveis eles foram feitos como forma de guias, tanto para você sentir que está evoluindo no seu aprendizado, mas também como parâmetro para vagas de emprego ou cursos. Mas você não precisa se basear nesses níveis para sentir que está aprendendo, ao mesmo que também não significa que o menor deles seja péssimo.

Mas com tudo isso em mente, como estou fazendo para aprimorar e chegar mais rápido em um patamar em que eu fiquei mais confortável principalmente para ter uma conversa com nativos.

Uma das coisas que mais me trava na hora de seguir em uma conversa é o meu nível de vocabulário, para isso existe várias maneiras de você aprimorar seu vocabulário, uma delas e simplesmente pegando um livro de vocabulário do seu nível e decorar de cabo a rabo. Mas sei que para muitos essa não é a maneira mais eficiente ou a mais interessante.

Então o jeito que eu considero mais "divertido", digamos assim, é aprender palavras novas dentro de contextos, como você me pergunta. Lendo! Estou buscando materiais de leitura, desde animes com legenda em japonês ou mangás. Nesse post aqui, compartilhei vários recursos e fontes de estudo, duas delas foram o Animelon e o Bilingualmanga. Os dois sites são ótimos recursos para explorar e aprender novos vocabulários.

Uma coisa que talvez você sinta muita falta é simplesmente usar o que aprendeu. Enquanto eu estava no Brasil era uma das minhas maiores dificuldades, botar em prática! Criei diversos métodos para isso, desde conversar sozinha, traduzir na minha cabeça frases que acabei de falar, criar um diário. Todos esse métodos vão te ajudar a botar em prática e saber exatamente onde estão as suas dificuldades, sabendo elas você pode trabalhar individualmente para evoluir mais rápido.

Aprender uma língua nova não é algo da noite para o dia, demanda tempo e disciplina. E claro é preciso estar sempre reforçando se não ela simplesmente vai sumindo da sua cabeça. Palavras que uso menos no meu dia a dia simplesmente somem, mesmo tendo sido um dos primeiros vocabulários que aprendi. A falta da prática é sua maior inimiga.

Espero que essas dicas e essas reflexões tenham ajudado um pouco vocês! Fiquem bem, fiquem seguros. Abraços.


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